O meu silencio parece não dizer nada
Porém cada agressão me fere como uma espada
Você se lembra das rosas vermelhas de aniversário?
Já não às recebo; eu virei o seu calvário
O seu desejo é a libertação
O meu, é implorar por compaixão!
Você se lembra das viagens do nosso amor?
Agora, esta cama eterna virou a minha dor!
Às vezes, acordo com um apertão
Nem voz tem para mim, quanto mais coração!
Você se lembra de quando íamos de mãos dadas à missa?
Já não ouço mais eu te amo; a sua voz é omissa!
O meu olhar fixo no teto é só aparência
Dentro de mim ainda persiste a essência
Você se lembra das promessas do nosso amor eterno?
Não sou mais o seu sol; sou a chuva de inverno!
Queria pisar na areia pela última vez
E pedir a Deus para esquecer o que a vida me fez
Depois implorar para Ele me levar!
Querido, não me leve flores quando eu me ausentar...
Janete Sales Dany
Poesia registrada na Biblioteca Nacional
Poesia registrada na Biblioteca Nacional