ADEUS
ADEUS
Vou-me embora, não para parságada,
Como fala o ilustre Manuel bandeira,
Não, não para parságada,
Para onde vou tenho que ir sozinho,
Lá não poderei ser amigo do rei,
Nem tomar banho de mar,
Não levarei bagagens,
Nem meu corpo levarei,
Apenas as lembranças dos que aqui amei,
Do sorriso da criança,
Do olhar que cruzou com o meu,
Das travessuras de infância,
Do abraço do amigo,
Do primeiro beijo,
Levo comigo o conhecimento adquirido,
A alegria de ter vivido, lá chorarei sem lágrimas,
Não sei que Céu habitarei,
Qual estrela me conduzirá,
Alguém grita não vá...
Mas o corpo inerte,
Me impede de responder,
O cheiro de rosas,
Exalam o ambiente,
A suavidade, me conduz a outro universo,
Adeus meu bem-te-vi,
Construístes teu ninho,
Na varanda da minha casa,
Sentirás saudades de mim?
Vou-me embora,
Não chores,
Não sei se voltarei,
É chegada a hora,
Hora da partida,
Quis lutar pela minha vida,
Mas a vida não era minha,
Vou-me embora,
Tudo o que resta é o ADEUS,
Não posso olhar para traz,
Vou-me sem me despedir,
Quando sentires a alegria incontida,
O prazer de estar vivo, e não souberes
O porque da euforia que te assalta,
Lembra-te que nesta hora exata,
Estou pensando em ti,
Vou-me embora meu anjo,
O capítulo do livro se encerra,
A lágrima que respinga,
Coloca o ponto do i,
Na palavra FIM.
Polly hundson