Na tarde melancólica
Entre arpejos fleumáticos
Transbordam o entardecer
Em sussurros melódicos

Almas dilaceradas
Rogam entardecidas
No planger da Ave Maria
Curvam-se dilaceradas

Palidamente entristecidas
Rogando na tarde que morre
Como o entardecer no infinito
No versejar de um canto sonoro

Almas frementes de amor
Entre lágrimas amordaçadas
Assim, canta a tarde
Um canto de melancolia

Almas rogadas de amor
Sussurram encandecidas
A Ave do entardecer
É luz tracejada de amor