Alma À flor da Pele
Ela chega corroendo a minha alma,
Destrói o meu ser,
Arranca pedaços de meus membros,
Adaga penetrante em meu peito,
Arranca o meu coração,
Reduz-me ao nada,
Reforça evidências,
Demonstra-me o fim...
Ai de mim que não mais a suporto!
Por dentro estou sofrendo,
Religião não tem sido a resposta,
Amigos... Que amigos? Há tempos que já não os tenho.
O nó não apenas aperta-me,
Como também me sufoca,
Minh’alma tem sofrido angustiada,
Atormentada pelo mal que a entristece,
Que a destrói,
Que a desfalece...
Enquanto sofre em silêncio,
Enquanto busca a cura discretamente,
Vê nas palavras o refúgio necessário,
A válvula de escape almejada,
Que a impede de apressar uma partida iminente.