AGORA

Aos seus lábios, os meus, entreguei,
Com a devoção de uma lírica menina,
Verdadeiramente abri meu eu, te amei,
Coloquei à sua disposição a minha sina.


Tudo movia, fluía maravilhosamente,
Juntos, superávamos os percalços da vida,
Nossas almas faziam festa no azul permanente.


Mas, inexplicavelmente senti o duro golpe do adeus,
Seu destino, seus lábios, não foram mais meus.


Alma agora, só, amarga as marcas das feridas.


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Tão triste é a sina da menina
Que se perdeu nas curvas do destino
Desatinada é a dor que lhe sufoca
Ao soçobrar o amor que tanto tinha...


(rose ag)