O poeta em mim
O poeta, que havia em mim
partiu de repente!
Perdido que estive em buscas sem fim
não o vi se afastar, desistir
e fugir.
O poeta que tinha
gritando dentro de mim
se calou, enfim.
Desistiu de mostrar os caminhos que queria trilhar,
a quem sequer conseguia ouvir.
resolvido a partir, começou se calando.
E em seu protesto calado,
acostumou-me ao silêncio, malvado.
E quando pude notar, já havia partido.
O peito, agora vazio, explode
cheio do nada que ele deixou.
Fazer o quê?
Se o menino se foi.