As rosas

As rosas do eterno jardim

salubres!

Enchem-nos de ares soltos

reversos

transversos.

Coloridas!

Olham nossas vidas

em preto e branco

tornando-se lúgubres,

decepcionadas frente nossas ações

condizentes com o meio termo

do cinza dos concretos

da vida armada... urbana.

Rosas que nos deixam um rastro de consolo,

da possibilidade de vê-las

ainda que tardiamente,

em praças de olhares

em canteiros de abandono

em coretos silenciosos

em bancos frios

pincelados pelas sombras

de árvores solitárias.

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 29/03/2014
Código do texto: T4748092
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