As rosas
As rosas do eterno jardim
salubres!
Enchem-nos de ares soltos
reversos
transversos.
Coloridas!
Olham nossas vidas
em preto e branco
tornando-se lúgubres,
decepcionadas frente nossas ações
condizentes com o meio termo
do cinza dos concretos
da vida armada... urbana.
Rosas que nos deixam um rastro de consolo,
da possibilidade de vê-las
ainda que tardiamente,
em praças de olhares
em canteiros de abandono
em coretos silenciosos
em bancos frios
pincelados pelas sombras
de árvores solitárias.