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OLHOS FECHADOS


Você me levou nos teus olhos fechados,
Tuas mãos cruzadas seguram firme
As barras dos meus vestidos.

Tudo o que fomos, agora descansa
Na caixa fechada da tua memória
Que a minha memória
Não mais alcança.

No fundo, no fundo, ainda sou
Aquela criança que você gerou,
Uma parte de mim jamais cresceu,
E a outra... acho que se perdeu.

Mas eu sei que um dia
Seguirei sob suas pálpebras,
Farei a viagem ao contrário
-Não ao meu destino,
Mas à minha origem.

A morte
É o arremate
Da vida.

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 28/03/2014
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