Perdição em meus suspiros
Um dia que deveria ser de muitas honrarias
Das quais nem sequer creio que falar convenha
À esperança de que a noite se aconchegue em minhas rimas
E tente, ao menos – num sussurro –, dar, à vida, nova lenha.
Percebo o não haver de mais sentidos
Entre os quais outrora erguiam-se meus dísticos
A bailarem, a cantarem, com suas cores do passado,
A exaltarem o horizonte pelo amor abrilhantado.
Concluo: o haver de perdição em seus suspiros
Intensifica-se à Aurora que se ergue.
A estrangular-me, fomentado é meu destino –
É-me serpente. É rendição. E me enlouquece.