SINAL VERDE

O sinal está verde

e eu sigo na vida,

na mesma avenida

onde um dia eu chorei.

Cantando meu pranto,

tocando meu pinho,

coberto de vinho,

inda digo que amei.

Você que passa agora,

me olha e não vê.

Não sabe o que choro,

nem queira saber.

Prá que recordar

se eu vivo na vida,

na mesma tal vida

que hei de perder ?.

Eu que um dia fui forte

só posso dizer,

por mais forte que seja

meu fraco é você.

Não esqueço dos campos,

dos olhos, das festas,

das suas promessas

que um dia, você,

ao dizer iludiu uma vida, um sonho,

passado tristonho que me fez sofrer

e se agora canto

ao romper desta vida,

é que nesta avenida

hoje eu vi você.

PS - Esta foi minha primeira poesia, composta aos 17 anos ( Junho de 1968 ). No mesmo ano, em Setembro, um grande amigo meu, Cláudio Costa, teve a intuição de musica-la. Em Novembro, eu inscrevi a nossa canção no Festival Estudantil do Colégio Estadual Sousa Aguiar, onde estudávamos, aqui no Rio de Janeiro. Como não sabíamos tocar violão, chamamos um amigo comum, Jorge Arlindo, para que fizesse o arranjo. Ao som do violão deste grande amigo, me apresentei, cantando, no Festival, onde tivemos a felicidade de vencer. Esta amizade ainda perdura até os dias de hoje e sempre relembramos este belo momento.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 28/03/2014
Reeditado em 28/03/2014
Código do texto: T4746771
Classificação de conteúdo: seguro