A forma de ser, humano.
Preciso de um lugar onde as lembranças não me atormentam, onde as águas límpidas de um riacho possam lavar meu espírito e meu corpo.
Que a brisa do vento sopre suave em meu rosto me mostrando que ainda vale a pena viver. Preciso de um lugar onde as pessoas são pessoas, o respeito é a única lei. E tirar de dentro de mim esse monstro que habita meu ser, corrói, sela meu coração e me torna descrente.
Preciso de uma mão amiga que me ampare na certeza da queda.
Preciso respirar e acima de tudo colocar para fora de mim todo esse tormento, Este monstro, algoz, feroz, me envolve e minha tentativa de me libertar consome a luz que me sustenta.
Preciso acreditar que ainda vale a pena ser humano e que acreditar é o único caminho. Acordo e me canso do mundo. Abro os olhos para uma realidade do dia que enfrento e nada vejo. Então olho para o céu e, entre as nuvens que se formam como me indicar mais um dia de tempestade, me aquece a face alguns raios tímidos do sol.
A esperança fica por conta da fé. A fé me fortalece, mas, muitas vezes, lutar contra a corrente é um ato desesperador à medida em que o abismo da queda parece estar muito mais próximo de nós que as margens seguras do rio. Não sei mais o que fazer, onde ir, onde chegar.......