Noite infecunda.

Envelheço a cada piscar d’olhos

Padeço a cada instante infecundo

Entristeço se não me reconheço

Nos meus sonhos mais profundos

Entardeço junto com a árvore no quintal

Esmoreço a cada folha caída em temporal

Não esqueço tudo de bom ou de mal

E sem apreço, rezo o terço matinal

Enlouqueço a meia luz, madrugada à dentro

Desfaleço entre versos e poemas densos

Que não reconheço e fico triste e fico tenso.

José Benício
Enviado por José Benício em 26/03/2014
Código do texto: T4744757
Classificação de conteúdo: seguro