Noite infecunda.
Envelheço a cada piscar d’olhos
Padeço a cada instante infecundo
Entristeço se não me reconheço
Nos meus sonhos mais profundos
Entardeço junto com a árvore no quintal
Esmoreço a cada folha caída em temporal
Não esqueço tudo de bom ou de mal
E sem apreço, rezo o terço matinal
Enlouqueço a meia luz, madrugada à dentro
Desfaleço entre versos e poemas densos
Que não reconheço e fico triste e fico tenso.