Caindo

De uns tempos pra cá

o nó na garganta é inevitável.

Um vazio, um frio, um medo instável.

Sem saber o que é, o que quer e onde está.

De uns tempos pra cá.

Minha solidão só aumenta, e depressa.

Estou distante do mundo e vice e versa.

Tirando esperança da onde não há.

O coração acelera num corpo estático.

Meu espírito não tem força pra levantar da cama.

Minha voz é um grito mudo que clama

Pelo fim desse medo enigmático.

Não são só versos.

Pois é o coração quem escreve.

Vendo a alma que esmorece.

Por motivos maus e diversos.

Não são só palavras.

São a tradução de um coração aflito.

São resultado de uma vida de mágoas.

E acho que já não posso mais comigo.

Não vou negar que pensei em desistir.

De amores certos

De prosas e versos

De viver ou existir.

Não vou negar que já senti o hálito da morte

O frio pálido do medo

O som oco da solidão já cedo

De sumir sem que alguém se importe.

Não vou negar que é difícil ser otimista

Tomar metas e seguir

É difícil sorrir

Quando pareço estar sozinho

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 26/03/2014
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