uma e meia da manha de ontem
olhos abertos no grito da escuridão de um vento frio
momentos vermelhos que a alma não quer sonhar acordada
sangue no copo de suco de laranja na hora do jantar em familha
um sorriso congelado na foto de domingo depois da igreja da pedra fria
sinto a dor da culpa
e o suor banha este corpo podre
sei que a morte e apenas uma porta
mas a estrada tem duas direções esquerdas
pergunto ao diabo onde e a festa do pijama
o bolo de morango está pronto
mas a fome perdeu o rumo
o melhor mesmo e ficar parado
e ouvir o veredito.