Como me tornei vampiro
Sinto a brisa leve da morte me envolver-me em seus braços
E me entrego completo, à Dama de Negro desconhecida
E em tal momento eu me perguntaste: o que mais provei?
E onde fica a amada?
Numa alma perturbada?
Nos berços da ilusão, será?
Na solidão?
No amar?
Busca-me com seus vultos insanos, e teu medo horrendo.
Maior que a mais profunda das estirpes veneráveis
sobre a qual se estende no desejo tímido da noite
algo que transcende a vida à própria morte
e agoniza nos lábios vacilantes dos insaciáveis.
Por favor alguém me salve
Estou me perdendo no vazio da minha vida
Sinto que está ficando tudo preto
Estou com medo
Não sei o que fazer, nem o que sentir.
Conceda-me uma faca, meu Deus!
Abençoada, brilhante e afiada
Que atravesse as veias, sem dó e piedade.