DONA DE MIM
Minhas lágrimas já secaramJunto com as carnes de meu corpo.
Já não quero lembrar os dias felizes,
Nem as noites claras, alegres,
Quando eu era a menina dos seus olhos.
Hoje, depois que libertei a escravidão d’alma,
Não quero mais sua admiração,
Nem notícias suas.
Não quero aquela proximidade
Dos tempos afáveis, que já não voltam...
Chorei, solucei, vivi meu luto.
Agora, quero novo enredo,
Novas noites, novos tempos.
Já não sou uma menina,
Sou mulher que carrega marcas.
Sou dona de mim.
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