Destino Sepulcral
Na treva fúnebre dessa cova profunda seu corpo jaz descansando em meio à inexorável podridão, és um novo ser na transfiguração horrenda, estrela nova de grande beleza, hoje não passa de matéria podre largada aos vermes como refeição. Destino mórbido, horrendo e sepulcral, viestes ao mundo para brilhar sua luz e depois se apagaste na infinda escuridão, esquecido entre a lama que a chuva faz escorre para dentro do seu lúgubre caixão. Os teus olhos castanhos, castanho apenas nas minhas lembranças, pois hoje não passam de buracos negros que guardam o terrível segredo do mistério infindo que o levou embora.
Onde habitastes aquele ser cheio de fulgor que passou belas tarde comigo conversando? Além da treva dessa cova funda, onde jaz seu corpo malsão, cadê você, meu grande amigo? - no meu peito dói meu triste coração. Pra onde fostes seu ser profundo além das lembranças que comigo estão?
Derramo uma lágrima quente em sua sepultura, viro as costas ao seu triste leito, o vento sopra fúnebre em seu recinto e vou-me embora em profundo desalento...