Cântico do vampiro
Escutem, infaustas almas, meu canto de agonia:
No refúgio da minha alma de dor
De tristeza e mágoa.
Agora estou sob atenção,
Fugindo do que sempre esteve dentro,
E a cada instante aumenta a solidão.
Que sacrilégio!
Tece trevas em espaços perdidos
Nos céus estrelas fantasmas...
A iluminar falsas esperanças
No meu angustiado coração.
Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto
Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada
Fruto de desgraça e morte
Que me causa tanto ódio e felicidade.
Tocou meu íntimo, desconhecido
Mesmo depois de tudo
Minha alma está sozinha.
Morra comigo!
Nas idéias fictícias dos meus pensamentos
Fica a mórbida sensação de vazio
Como se eu ressuscitasse das trevas
Para a realidade de um mundo sombrio.
Até quando vagar em busca de vida,
Meu mundo cinza está tão longe das estrelas
Resta-me a escuridão, e com ela tudo o que não se pode ver,
Na mordaz mente de um louco, em busca do anoitecer.