Aquele olhar que levanta as vestes
que espreita o corpo,
arrancando-lhe a pele
e quer sodomizar meu espírito.
Aquele olhar que desafia
os ventos, que não teme a fé,
que entra sem ser convidado
e se instaura feito doença.
E percorre pernas, veias e entranhas.
O olhar que rejeita o humano.
Não deseja nada que não seja
absolutamente perfeito ou divino.
De um deus pervertido.
Olhar perscrutador.
Que pergunta mas não quer resposta.
Que insulta mas não quer reação.
Quer submissão.
O olhar que perfaz singelo
o ritual da humilhação.
Como num sacrifício em honra
da vaidade e ganância
de dominar o outro.
Dominatrix, maestro
Ou mestre das trevas.
Suserano das tristezas.
O olhar de um tirano.
Capaz de nos reduzir a pó.
E a pó inexpressível.
Sem alma e sem história.
Olhar devastador
Que varre mais que mil tsunamis
Que arranca, destrói e
remaneja tudo a sua volta.
numa revolução a cada piscada.
E tudo a sua volta,
muda e transmuda
ensandecidamente
Vozes se calam.
Pássaros fogem.
E, as nuvens se afastam...
Eis um novo astro que surge
a centralizar as galáxias.
A desejar ser o convexo enquanto
é somente côncavo.
Não faço parte desse umbral.
Não integro séquitos...
Não participo de corjas e
nem bandos.
Ando sozinha e acompanhada.
Sou solitária e concisa.
Não temo seus poderes
extra-humanos e,
nem suas magias burlescas.
Temo você apenas
por esse espectro
que lhe envolve,
esse azedume,
esse ranço de chibata
e açoite.
Temo por seu provável
prazer masoquista.
De fazer os outros sofrer.
E, de permanecer impune.
E por beber as lágrimas de suas vítimas.
Regozijando-se sem pudores.
Num bálsamo negro,
fundo e vazio.
Ao seu olhar nefasto
Respondo com meu
minimalista e de misericórdia.
Nem o espelho de sua alma
Sequer conhece a imagem
que projeta.
Você é apenas o possível.
Ou menos, o razoável
e previsível.
É apenas aquilo que lhe deixaram ser.
Mais um títere das tragédias ocasionais.
Passional e patético.
Movido por sangue e miséria.
Trajado de farrapos de afetos
jamais conquistados.
Nem o ódio irá ter de seu.
que espreita o corpo,
arrancando-lhe a pele
e quer sodomizar meu espírito.
Aquele olhar que desafia
os ventos, que não teme a fé,
que entra sem ser convidado
e se instaura feito doença.
E percorre pernas, veias e entranhas.
O olhar que rejeita o humano.
Não deseja nada que não seja
absolutamente perfeito ou divino.
De um deus pervertido.
Olhar perscrutador.
Que pergunta mas não quer resposta.
Que insulta mas não quer reação.
Quer submissão.
O olhar que perfaz singelo
o ritual da humilhação.
Como num sacrifício em honra
da vaidade e ganância
de dominar o outro.
Dominatrix, maestro
Ou mestre das trevas.
Suserano das tristezas.
O olhar de um tirano.
Capaz de nos reduzir a pó.
E a pó inexpressível.
Sem alma e sem história.
Olhar devastador
Que varre mais que mil tsunamis
Que arranca, destrói e
remaneja tudo a sua volta.
numa revolução a cada piscada.
E tudo a sua volta,
muda e transmuda
ensandecidamente
Vozes se calam.
Pássaros fogem.
E, as nuvens se afastam...
Eis um novo astro que surge
a centralizar as galáxias.
A desejar ser o convexo enquanto
é somente côncavo.
Não faço parte desse umbral.
Não integro séquitos...
Não participo de corjas e
nem bandos.
Ando sozinha e acompanhada.
Sou solitária e concisa.
Não temo seus poderes
extra-humanos e,
nem suas magias burlescas.
Temo você apenas
por esse espectro
que lhe envolve,
esse azedume,
esse ranço de chibata
e açoite.
Temo por seu provável
prazer masoquista.
De fazer os outros sofrer.
E, de permanecer impune.
E por beber as lágrimas de suas vítimas.
Regozijando-se sem pudores.
Num bálsamo negro,
fundo e vazio.
Ao seu olhar nefasto
Respondo com meu
minimalista e de misericórdia.
Nem o espelho de sua alma
Sequer conhece a imagem
que projeta.
Você é apenas o possível.
Ou menos, o razoável
e previsível.
É apenas aquilo que lhe deixaram ser.
Mais um títere das tragédias ocasionais.
Passional e patético.
Movido por sangue e miséria.
Trajado de farrapos de afetos
jamais conquistados.
Nem o ódio irá ter de seu.