DES AGRADO EM DES ABAFOS

Atrás das barrentas estradas da vida

Tento me isolar

Desviando-me das enxurradas.

E... Quando penso que caminho

Nos reluzentes reflexos de luzes das garoas

Pensando enxergar apenas estrelas no chão...

Piso em poças barrentas

De poeiras da via láctea.

Para não lhe causar asco me calo.

Impossível de ser entendida

Afasto-me da sua vida!

Inconsciente causo-lhe dissabor...

Tento lhe agradar!

Em vão!

Caminhamos por espaços vazios do desamor!

Desisto desse caminhar. Não consigo fazer-me amar.

Em goteiras de lágrimas de mágoas

Nem as enxurradas conseguem

Levar ou lavar minha dor!

Sangro inutilmente entre versos de desabafos

Sufocando gritos em poesias

Implorando fagulhas de amor!