O olhar que corta sua alma
Eu sou o senhor da razão que descontrola com um passo em falso,
A tempestade que se forma no céu azul da paixão por causa do ciúme,
As ondas de uma ressaca que se levantam no inverno,
O grito de uma louca que não lembra mais seus motivos.
Eu sou o olhar que corta sua alma sem chances de explicações,
A criança que se recolheu no interior e que você não pode ver,
O canto da maldição que já quis abençoar,
Suspiros de uma revolta que por amor não sei se posso trocar.
Eu sou o que despedaçado ainda espera,
O que afogado nas próprias lágrimas e envenenado do próprio sangue tenta viver,
Estou congelado, mas o que posso fazer? Todas as cores foram embora,
Aguardo mentiras virarem verdades para salvar o que restou...