Sentenciada à Morte
Caminhando sozinha à noite
Pelas ruas escuras de seu subúrbio
Lucy olha as estrelas e sente a brisa
Enquanto aprecia a sua escuridão
Sua alma é uma sombra imperceptível
Seu corpo, um mero reflexo no espelho.
Sua vida, uma história incoerente.
Seus sonhos, pura solidão.
Ninguém para amar seu corte de cabelo,
Ninguém para conversar sobre seus desejos,
Apenas o ar pútrido do seu mundo,
Do seu gélido e insano mundo.
O tempo para, o relógio zera.
Espera ansiosa pela sentença
Olha ao redor e não vê saída
Deseja ao menos despedir-se
Mas não há ninguém para dizer adeus.
Sua fé é fraca como um fósforo aceso.
Sua esperança, simples e humildes folhas,
Que caem ao chão rapidamente
A cada ventania.
Sua alma queima na agonia.
Seu corpo ferido sangra.
Sua vida é uma luz apagada.
Seu destino, rápida morte.