Sentenciada à Morte

Caminhando sozinha à noite

Pelas ruas escuras de seu subúrbio

Lucy olha as estrelas e sente a brisa

Enquanto aprecia a sua escuridão

Sua alma é uma sombra imperceptível

Seu corpo, um mero reflexo no espelho.

Sua vida, uma história incoerente.

Seus sonhos, pura solidão.

Ninguém para amar seu corte de cabelo,

Ninguém para conversar sobre seus desejos,

Apenas o ar pútrido do seu mundo,

Do seu gélido e insano mundo.

O tempo para, o relógio zera.

Espera ansiosa pela sentença

Olha ao redor e não vê saída

Deseja ao menos despedir-se

Mas não há ninguém para dizer adeus.

Sua fé é fraca como um fósforo aceso.

Sua esperança, simples e humildes folhas,

Que caem ao chão rapidamente

A cada ventania.

Sua alma queima na agonia.

Seu corpo ferido sangra.

Sua vida é uma luz apagada.

Seu destino, rápida morte.

Lianderson Ferreira
Enviado por Lianderson Ferreira em 06/03/2014
Código do texto: T4718190
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