Desfile de lágrimas
Meu coração sabes que é teu,
Mas não parece bastar,
Velo suas frivolidades, dou-lhe meu ar,
Abro mão do que é meu, tempo meu
Mas nada parece bastar.
Teus lindos lábios que se foram tarde,
Teus fios castanhos que anunciam a tempestade
E o castigo por amar que é sofrer, uma partícula de Sade.
Uma partícula no chão de confete,
Desta vez não há 23 de Julho e sigo inerte.
A figura paterna impreca gritos silenciosos,
Desabrocha a morte nos campos ociosos,
Mucho más, mi Isabelle Adjeni,
Jamais desejei violá-la, só desejei a ti.
Os tempos vociferam canções de guerra,
Esquecerás de mim, minha princesa terna ?
Algum dia, quando todas as estrelas cintilarem
E quando todas as sombras se esvaírem,
Você terá mantido vivo todo o sentimento
E eu o terei eternizado, por não suportar o tormento
Que agora ecoa, levado por todos os ventos
E alardeia, melancólico, o perigo residente no sentimento.