Nascer para Morrer
Quando o sol nasce
E o brilho de uma vida,
a lagrima de uma mãe aflita
indica que a vida passe.
Os olhos relembram pequenos
das coisas que ainda faremos
de nada valem então olhemos
para a porta que passam os serenos.
Vamos vestir nossas melhores roupas
se concordar vamos vestir preto,
pois a áurea não nos dá mais estas coisas
e a porta já nos bate o medo.
Da maneira que começa irá findar
Quando o frio bater à porta
o calor irá passar
e a felicidade o mundo não irá nos dar.
Nas gavetas desta vida estará
e em sacos pretos vou reconhecer
então o peito apertado falará
que todos neste mundo hão de padecer.
E o ultimo desfile então fará
e toda tua família lhe verá
os ossos e os restos despejar,
e só a tua falta irá ficar.
Enquanto as cordas descem
e as flores vestem preto
as tuas crias crescem
teu trabalho estás feito.
A vida não tem muitas leis
nem segue um prazo fixo
porém quando a morte fez,
tudo gira neste único eixo.
Pra cada inicio há um fim
desfecho por vezes breve
e a tristeza que há em mim
tua lembrança, que lhe descreve.