MORRE UM POETA...

Morre um poeta...
Um último suspiro...
Um silêncio perfumado
Parte em liberdade,
Cansado do mundo das formas
Vai sorridente retornando à fonte primordial
Morre um poeta...
Levando em si
Os mais lindos poemas não declamados
Levando em sí, 
Vislumbres de uma nova era
Seus versos pensados
Seus versos jamais externados
Morre um poeta...
De uma funda tristeza
Reminiscências de sonhos longinquos
Morre um poeta...
Que enquanto viveu foi todo compaixão
Morre um poeta..
Que sempre intuiu o berço impessoal
Que se deixou seduzir,
Por saudades platônica de um mundo original
Morre um poeta...
Que por todos os dias desejou
Despir-se do ego,
Do falso saber acumulado
Morre um poeta...
Que buscava na totalidade,
O saber da extrema liberdade
No êxtase da perfeição.
Morre um poeta...
Perplexo do existir individualizado
Quando algo lhe diz,
Que tudo é uno e eterno.





CESAR SEMA PENSAMENTO
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 23/02/2014
Reeditado em 02/04/2016
Código do texto: T4702859
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