ORATÓRIO

Fecha-se a tarde
Ungida em lamentos
Fechada em  tormentos
Em retratos de agonias

Tal silêncio que norteia
Uma tristura entediada
No peito é uma fenda
Esvaída em amargura

Tardes que se vão...!
E deixam um grito no olhar
E trazem um soluço na voz
A desbravar em oração

Em sentença um adeus...!
Que aplaco em grande dor
O meu ser  sacramentado
Em  desengano amortalhado

Sigo em oratório...!
Rastejando o meu destino
Triste clamo o meu lamento
Na  ilusão  de um desenganos