AO FIM DA NOITE
Ao fim da noite, surge o dia,
Desordenam-se os meus pavores,
E o mundo ganha traços alvores,
Vindo estrela altiva da energia.
Pela manhã desperta a alegria,
Ao ver os horizontes rubores,
Nascendo entre as mil flores,
Onde a escuridão brava jazia.
Os orvalhos brilhantes se levantam,
Como brumas claras que encantam,
Os primeiros estágios da aurora.
Só então eu sinto que eu sinto,
Breve nirvana em meu recinto,
Até a noite tomar mundo afora.
Por Valéria Leobino.