NEGA-SE A UMA MÃO ESTENDIDA... NEGA-SE A SI... !!!

Encontro-me, sem mundo,

Sem história, sem guarida...

Largado, aos becos da vida;

Na sombra do que restou!

Sou do mundo... Pesada carga,

Sou retrato sem moldura,

Em branco e preto... E em rasura,

Que num canto qualquer, se larga!

Perdido no tempo, e sem rumo,

Estou vagando à deriva,

Com falsa perspectiva,

Às quedas; por me faltar aprumo!

Choro, por não mais ter o alcance,

Daquele ‘lance’... De um recomeço;

Porém; sei e não me esqueço,

Perdi de ti... A segunda chance!

Resta-me, a mesa do bar!

Onde maldigo minha existência,

Reverencio minha impotência,

E vejo tudo se acabar!

Sofro, por não atender o chamado...

Sou espectro, em penitência,

Alma pecante em emergência,

Por tua mão estendida, ter negado!

Assim, me CALO; engulo o BRAMIDO;

Saio de cena!

Sou pelo mundo, VENCIDO!

(Interação à bela e reflexiva crônica, A MÃO ESTENDIDA, do amigo PUETALÓIDE). Abraço, amigo

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 15/02/2014
Reeditado em 22/02/2014
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