NEGA-SE A UMA MÃO ESTENDIDA... NEGA-SE A SI... !!!
Encontro-me, sem mundo,
Sem história, sem guarida...
Largado, aos becos da vida;
Na sombra do que restou!
Sou do mundo... Pesada carga,
Sou retrato sem moldura,
Em branco e preto... E em rasura,
Que num canto qualquer, se larga!
Perdido no tempo, e sem rumo,
Estou vagando à deriva,
Com falsa perspectiva,
Às quedas; por me faltar aprumo!
Choro, por não mais ter o alcance,
Daquele ‘lance’... De um recomeço;
Porém; sei e não me esqueço,
Perdi de ti... A segunda chance!
Resta-me, a mesa do bar!
Onde maldigo minha existência,
Reverencio minha impotência,
E vejo tudo se acabar!
Sofro, por não atender o chamado...
Sou espectro, em penitência,
Alma pecante em emergência,
Por tua mão estendida, ter negado!
Assim, me CALO; engulo o BRAMIDO;
Saio de cena!
Sou pelo mundo, VENCIDO!
(Interação à bela e reflexiva crônica, A MÃO ESTENDIDA, do amigo PUETALÓIDE). Abraço, amigo