TUAS MÃOS
Com a sua permissão, publico hoje um poema, corrigido, que escrevi em 1985, o qual dediquei a uma grande amiga, vítima de imperdoável, por inadmissível, violência doméstica. Hoje está bem e pode agradecer ao seu Deus estar Livre e Feliz.
Beijinhos, Mizé!
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Tuas mãos, de força cheias,
transpiram brutalidade,
assustam, gerando medo.
São magras, longas e feias…
Têm a cor da maldade
dum coração muito azedo.
Amar-te, ainda, queria,
se não fosses, como és,
quer por fora, quer por dentro.
Mataste a minha alegria.
Não sou aquilo em que crês,
nem da tua ira, o centro.
A mim dedico estes versos,
que de ti farão justiça.
O teu corpo é musculoso,
mas teus actos, são perversos.
Não serei mais submissa.
Tens um perfil monstruoso!
1985-04-04