morte lenta...
atípico, verão sem chuva
sem água, tudo vai ficando estéril
sem água, tudo vai ficando triste...
do ventre do seu leito palpitam
vorazes as negras pedras traiçoeiras
comem suas entranhas
bebem seu liquido vital....
sementes da vida morrem
nas suas praias,
morre a piracema
sem água, tudo vai ficando estéril
vorazes, os homens o engravidam
de sujeiras, de mal tratos
devoram seus filhos
estupram seu leito
emporcalham suas águas
mancham sua beleza
com tanta irracionalidade...
sem água, tudo vai ficando triste...
corre meu rio,
morre meu rio,
mata os homens de sede!
SOS Rios Brasileiros!