Para que viver...
Até parece que eu sabia
de minha vida o que restou.
Mil versos na poesia
é nada mais que sou.
Meu pensar sublinhado
em sangue e tinta.
Entre as colinas gravado.
Não há nada que eu não sinta.
Faço parte da multidão
Que Deus no mundo colocou.
Cada um com seu coração,
mas nada mudou.
O mesmo sol e lua
do começo até o fim.
A verdade nua e crua.
Deus quis que fosse assim.
Vou me despir
de tudo que tenho.
Não sei para onde vou,
nem da onde venho.