Abandono!
Somos feito crianças, na falta do brinquedo original,
Tomamos uma folha qualquer de papel nas mãos,
Dobramos, moldamos, usamos toda a imaginação,
Nela damos voltas ao mundo, num pequeno avião.
Ou como bom soldado, enfrentamos uma batalha,
Com o delicado chapéu de papel em dobraduras
Então, o momento é preenchido,
O brinquedo dos desejos esquecido,
A fantasia passa e o papel amassado se rasga,
E assim, como uma criança, cansados da brincadeira,
Jogamos os restos num canto qualquer,
E quem quiser que recolha os pedaços...
Luzia Ditzz,
Campinas, 26 de janeiro de 2014.