Suicida temerário
Bêbado de amor, estasiado com tamanha beleza, dormente diante essa dor... Eu não vejo tantas coisas com clareza, já que clareza alguma me fará entender porque lhe amo, porque lhe quero, o que eu desprezo? Aquilo que vejo em mim, uma imagem distorcida de tudo aquilo que odeio, o pensamento distante, olhos inertes já quase mortos, esperando uma flechada, o ar ''marrento'' com qual disfarço algumas dores, tem sido eu, bem vindo a minha vida.
Machuca saber que ninguém irá te amar como amei, eu me pergunto: Hitler estava certo? Porque o detesto? Penses bem minha amada, aquilo que chamas de maldade apenas pode ser uma visão diferente da sua ideia de bondade, o outro lado, atrás do véu. Fumei um ópio pra buscar inspiração para escrever, só que não... Só lembrei de você, antes fosse droga, antes pudesse me livrar sem tem que morrer, antes pudesse dizer ao invés de me inspirar, antes qualquer coisa, do que tem só sofrer.
Não digam ''você é tão jovem'', a dor alheia não se entende, não explica, porque não se sente, não se entende. O que se sabe é de abandono, perda, solidão.
Estou com raiva, brigando contra o mundo, com minha mãe, comigo mesmo, eu me pergunto se posso viver assim, se posso simplesmente viver, mas nada tem a resposta para minhas preces, nenhuma oração vai me curar. Não sei se quero viver mais.