Meus olhos, o mar
Meus olhos, o mar
Meus olhos se assemelham
Ao vai e vem da maré
Se tu vens a maré seca
Se tu vais a maré enche
E transborda, e inunda
Meu dia, minha noite,
Minha alma, minha vida
Com a calamidade de uma onda gigante...
Eu queria secar esse mar
Pra nunca mais ter que chorar
E nunca mais querer voltar
Pra nada ser como antes...
Se um dia esse mar secar
Tudo virá tão devagar
Tudo virá só para amar
Tudo será tão mais ameno...
E no meu mar
Não haverá mais tsunamis
Só calmaria
Só a brisa de um mar sereno...
Meu coração estará tão calmo
Que tu estarás a um palmo
Mas serás imperceptível
Como qualquer coisa inerente...
No dia em que meu mar secar
Os meus dias não mais consumirás
Não serás mais meu passado
Nem meu presente...
Serás apenas indiferente...