Meus olhos, o mar

Meus olhos, o mar

Meus olhos se assemelham

Ao vai e vem da maré

Se tu vens a maré seca

Se tu vais a maré enche

E transborda, e inunda

Meu dia, minha noite,

Minha alma, minha vida

Com a calamidade de uma onda gigante...

Eu queria secar esse mar

Pra nunca mais ter que chorar

E nunca mais querer voltar

Pra nada ser como antes...

Se um dia esse mar secar

Tudo virá tão devagar

Tudo virá só para amar

Tudo será tão mais ameno...

E no meu mar

Não haverá mais tsunamis

Só calmaria

Só a brisa de um mar sereno...

Meu coração estará tão calmo

Que tu estarás a um palmo

Mas serás imperceptível

Como qualquer coisa inerente...

No dia em que meu mar secar

Os meus dias não mais consumirás

Não serás mais meu passado

Nem meu presente...

Serás apenas indiferente...

Francisca Cerqueira
Enviado por Francisca Cerqueira em 26/04/2007
Código do texto: T465331