Tédio
Há dias que o tempo não conforta mais.
O sonho não mais alimenta o encanto.
Eu sento no sofá
Eu fechos os olhos,
Eu abro a porta e olho a rua.
Penso... Quantas gotas d'água molha a calçada?
Quantos são os passos que ali caminham!
E quantos pulmões ofegam
E quantas perfumes se exalam...
E quanta gente não vê,
Não sente, não sabe...
E quanto tormento alimenta a imaginação?
Eu penso o desejo de incriável.
E ao olhar o infinito abismo,
Creio no paraíso
Então, eu fecho a porta
E olho para dentro de mim...
Tudo passa... Mas algo fica...