A Triste História de Heberson

No ano dois mil e doze,

Em agosto, acontecia,

Um fato que na polícia,

Acontece todo dia,

Um rapaz chamado Heberson,

Foi preso, naquele dia.

Sr. Heberson Oliveira,

Tinha ído trabalhar,

Foi acusado de um crime,

Estando em outro lugar,

Uma família vizinha,

Ao rapaz foi acusar.

O certo é que ele foi preso,

Sem entender a razão,

Dois anos e sete meses,

Sofrendo a humilhação,

Tudo que era de ruim,

Sofreu naquela prisão.

Sei que ninguém se conforma,

Ao ver morta a sua filha,

Mas, precisamos ter provas,

Para seguir-se uma trilha,

E, não sair acusando,

Filhos ou pai de família.

A polícia é o que quer,

Só encontrar um culpado,

Não precisa investigar,

Se há um pobre do lado,

É só inventarem provas,

E o caso está consumado.

Foi isso que aconteceu;

Pegaram um trabalhador,

Metendo ele na cadeia,

Sem ouvir o seu clamor,

E sem pensar na família

Desse pobre sofredor.

Pra família da menina,

Tudo já foi resolvido,

Aquele cabra safado,

Agora ia ser punido,

Pois ajudando a polícia,

Tudo já era esquecido.

Dentro daquela prisão,

Contraiu HIV,

Depois de tantos abusos,

Chegando a adoecer,

E a Justiça satisfeita,

Vendo tudo acontecer.

O que mais nos acontece,

São fracassos da polícia,

Mas, sempre arrumam um jeito,

Pois contam com a perícia,

Findam arranjando provas,

Amparados na Justiça.

Irresponsabilidades,

Por conta do Judiciário,

Que vive bem sossegado,

Ganhando um ótimo salário,

Nem querem saber da vida

De um ex-presidiário.

Que quando sai da prisão,

Mesmo em outra cidade,

Sofre muito preconceito,

Pela nossa sociedade,

E, jamais vai encontrar

Trabalho de qualidade.

Sem ter um advogado,

Porque não pode pagar,

Numa prisão arbitrária,

Sem um crime praticar,

Se fosse um homem mais fraco,

Podia até se matar.

A família acusadora,

Se tivesse compreensão,

Ou então humanidade,

Já que não tem coração,

Devia se envergonhar,

Pedir investigação.

Mas, o mundo está composto,

De gente boa e ruim,

Devem está muito feliz,

Sabendo que foi assim,

E, por serem desse jeito,

A um inocente dar fim.

Eu não conheço o rapaz,

Li pouquíssimo sua história,

Do pouquinho que fui lendo,

Gravei isto na memória,

E tenho fé em Jesus,

Vai, receber a vitória.

A Jornalista Nathalia,

Eu só quero agradecer,

Sem ela ninguém sabia,

O que veio acontecer,

E a Justiça Pilantra,

Ninguém ia conhecer.

Um governo irresponsável,

Leva ao povo uma miséria,

Só quer viver no bem bom,

Sem ver que a vida é séria,

Só sabe contar vantagens,

Gastar e fazer pilheria.

Se houvesse qualidade,

No trabalho da Justiça,

Aqueles policiais,

Eram hoje uma melissa,

E seriam condenados,

Afastados da polícia.

O que o povo precisa,

Duma justiça decente,

Que faça investigação,

Sem levar entorpecente,

Para usar colocando

No bolso de inocente.

Esse processo está velho,

E muita gente já sabe,

E no nome da justiça,

Este preceito não cabe,

E precisa um povo forte,

Pra que isso tudo acabe.

Queria ver o discurso,

Do Juiz que o soltou,

Ele deve ser o mesmo

Que a este condenou,

Garanto que por seu erro,

Só ao Estado culpou.

Mas, de que foi libertado,

Aquele pobre rapaz?

Duma cela na prisão?

Das garras do satanás?

Pois sem trabalho e família,

Nem saúde ele tem mais...

Hoje lhes dão cesta básica,

Assim ele vai passando,

Vivendo de caridade,

Seus dias vão melhorando,

Sua esperança em Deus,

Vai a vida conservando.

Seu estupro na cadeia,

Nem se compara a verdade,

Foi estuprado pela,

Caneta da sociedade,

E, pior, pelo governo

Da nossa sociedade.

Pelo seu padecimento,

Através de um defensor,

Uma Idenização

A Justiça decretou,

Mas, o governo, sadio,

Até hoje Não pagou.

E recorreu a justiça,

Pra ver se ganha a questão,

Se ele fosse um criminoso,

Ninguém lamentava não,

Mas, é a um inocente,

Que foi parar na prisão.

Quero agradecer também,

Ao querido professor,

Que por sua compaixão,

Um grupo ele criou,

Sei que este homem é,

Um desses que Deus criou.

Pelo seu diagnóstico,

A verba indenizatória,

É sento e setenta mil,

Uma quantia irrisória,

Mas, pro governo é demais,

Somente por uma história.

Os nobres que comentaram,

O meu agradecimento,

Os poucos que tenho o nome,

Escrevo neste momento,

Apesar de serem estranhos,

Faço o reconhecimento.

Meu pedido de desculpas,

Por este versos que eu faço,

Eu vejo pobres sofrendo,

Sorrindo está o ricaço,

Mas, a você, meu amigo,

Deixo aqui meu forte abraço.

Maria José Morais,

Larissa, Marcio e Antônio,

Alimentem este sonho,

Melhor, cada dia mais,

Janaína, tu verás,

Ivan, Fernando e Ricardo,

Jorge Luiz, Leonardo,

Hilma, Samara e Marli,

Liana e Vera Foli,

O seu comentário eu guardo.

Deyve, Priscila e Marcela,

Luduina e André Kato,

Jorge Oliveira e Renato,

Ana, Alê e Daniela,

Lana Marque e Rafaela,

Vanderley e Isadora,

Aline e Ricardo, é hora,

Disponha seu coração,

Continuem esta missão,

Pois eu já estou indo embora.

E, tu, Heberson, amigo,,

Esta luta você vença,

Se te deram esta sentença,

Jesus estará contigo,

Ele é teu pai e amigo,

Tenha n’ele confiança,

Ele é a nossa esperança,

Sem ter Deus nada floresce,

Se na vida tu padece,

Mas, Deus te tem na lembrança...

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 15/01/2014
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