† DÚLCIDO SONHO †

Rasga c’os dentes o branco lírio

Vê-se uma vítima que a ameaça

Presa em seu próprio delírio

†††

Donzela sã esguia-se à deriva

A palidez em pranto dúlcido

Cura as escaras com a saliva.

†††

Por ter findado, pobre vida

Refuta a alcova sob seus pés

Desconjurando morte, entristecida.

†††

Lamuria n’alma desolada

A solidão apavora seu ser

Fitando o espectro da madrugada.

Jhenniffer Muniz
Enviado por Jhenniffer Muniz em 09/01/2014
Reeditado em 14/01/2019
Código do texto: T4643385
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