† DÚLCIDO SONHO †
Rasga c’os dentes o branco lírio
Vê-se uma vítima que a ameaça
Presa em seu próprio delírio
†††
Donzela sã esguia-se à deriva
A palidez em pranto dúlcido
Cura as escaras com a saliva.
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Por ter findado, pobre vida
Refuta a alcova sob seus pés
Desconjurando morte, entristecida.
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Lamuria n’alma desolada
A solidão apavora seu ser
Fitando o espectro da madrugada.