PERDI-TE
A alguém que perdi entre as minhas lágrimas negras que se diluem na chuva cristalina que cai na fora
PERDI-TE
No mesmo caminho onde nos achámos
Mas…meu deus, onde é que errámos?
Tento sorrir entre o balanço das teclas e da música que estou a ouvir
Mas a tua ausência é algo que me toca e ninguém me vem acudir
Os teus pensamentos por vezes foram os meus
E os sonhos, quem sabe…talvez também fossem os teus
Como salvar pois uma vida do seu purgatório?
Eu tento fazê-lo por devoção e não por ser obrigatório
E em meu socorro só vêm as palavras
Que repetidamente sublimam a tua falta
Estou só, mas portentosamente acompanhado pelos meus pensamentos
Que são negativos porque não estás, colete salva-vidas que está furado e não me dá alento
Porque tento nadar no meio das mágoas
Que me tentam afogar
E já tentei tudo para suster esta espécie de inundação
Em copos ácidos de bebida que não servem de salvação
Talvez…talvez no fim de acabar esta canção
Tu a leias e de certa forma me concedas um perdão
Que terá esse mágico condão
De me tirar desta espécie de trevas que são a minha intima prisão
Talvez repares que goste realmente de ti
E talvez, nem que seja imaginariamente voltes para mim
Porque dizer que está a seu duro, é utilizar um poderoso eufemismo
Porque tudo poderia ser diferente se de alguma forma te sentisse comigo…
Perdi-te…