DE SOSLAIO
Ah, amor, esgotei o meu cantar.
Revi-te por instantes, de soslaio, de relance
e ousei lembrar o que esquecer programei!
Teu olhar manso e profundo que conheço muito
disse-me tanto, sem querer dizer...
Falou-me da tristeza dos desencontros,
que a vida obriga, por dever maior.
Falou-me duma saudade
uma saudade que não queremos sentir
duma sensação de perda quase doída,
dum romper de elos tão atados
e de um anoitecer em nós!
Falou-me de um acordo generoso,
aceito por nós dois,
pela necessidade de assim ser!
E falou-me da lágrima que não deixamos cair!
Ah, amor, esgotei o meu cantar.
Revi-te por instantes, de soslaio, de relance
e ousei lembrar o que esquecer programei!
Teu olhar manso e profundo que conheço muito
disse-me tanto, sem querer dizer...
Falou-me da tristeza dos desencontros,
que a vida obriga, por dever maior.
Falou-me duma saudade
uma saudade que não queremos sentir
duma sensação de perda quase doída,
dum romper de elos tão atados
e de um anoitecer em nós!
Falou-me de um acordo generoso,
aceito por nós dois,
pela necessidade de assim ser!
E falou-me da lágrima que não deixamos cair!