Lareira

Lareira

Sinto uma querencia

um acordo com o amanhã

a brisa morna que faz dengo

e aquele lenço logo ali

acenou com palidez brilhante

Sinto a fome dos famintos

a lareira que ora crepita

o carvão que dilacera

nas sinuosas voltas do asfalto

... e esse cheiro de marolas

Sinto o rasgar da nuvem

a seda que da seda, já cedeu

as mãos dos distantes

e a língua do elfo!

Sinto a rajada do cansaço

Sinto que sinto demais...

farejo a carne que assa

e lambo o silêncio audaz

Márcia Poesia de Sá - 2014........................o primeiro do ano.

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 03/01/2014
Código do texto: T4634584
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