Ternura...

E como pétalas ao vento

Repousas sobre mim

Entre o silêncio das manhãs

E a solidão do entardecer.

 

Abstraído do meu ser

Empedernido em agonias

Parece que o sol se pôs

E o dia esqueceu de nascer.

 

Tão singelo na madrugada

A lua tão deslumbrada...!

Galgando em dimensões

Em cálidas melancolias.

 

Quisera essa destreza

Fenecida em amargura

Fragmentos desta vida

A doer em desatinos.

 

E como pétalas ao vento

Com tal sopro esgueirado

Tão singelo me faz sentir

Com ternura imensa dor.