Estrondoso penar

E essa cortina da vida que feito uma lança nos corta, nos separa, nos fere sem cura.

Paradoxo mortal gerando um transe emblemático da crise na perda, que decidindo por nós chega o dilema comum da hora de ir embora não pedindo licença.

Posso ficar mais um pouco expressei em meu rosto desbotado.

Quero viver em mais dias acelerou o pulsar profético espantado com o tentar na continuidade da vida.

Somos representações uns dos outros na patologia antropológica.

Não desejou o flamingo a lágrima muda na lagoa suja.

A chuva foi de nuvens escuras, danosas, causando impactos sofríveis de questionamentos acima de um céu desfigurado.

Uma pergunta que não cessa nas supostas respostas sem convencimento de morte ou vida.

Preside-se nas perturbadoras linhas da letra o enigma da mortalidade.

Análises que estudam moléculas zumbis para forjar o ciclo embrionário.

Laboratórios esperaram diagnósticos até aquela morte avistar.

Até breve disse o adeus atenuado não entendendo inicio e fim.

Hoje o sino da igreja tocou com o som mais triste que na manhã de ontem.

Num prisma as pálpebras se soltaram do confuso grito das entranhas quando densamente acordei no sono estático das inundáveis piscadas do olhar perdido já adulto.

Paulo Bezerra (Galícia) Espanha
Enviado por Paulo Bezerra (Galícia) Espanha em 26/12/2013
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T4625555
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