Revestido por muralhas tão íngremes,
não consigo mais transpor minha juventude
enclausurado e triste nestes escombros...
Onde o negrume... Toma Tudo...
Passei anos a fio nestes báratros;
hora perdido nesse vazio...
Por um fio... Pavio...
E, não posso mais retornar,
aquele estado tão primaveril,
onde o tempo não passava...
E, a chuva, chovia... Lá fora.
Hoje, revejo pôr, meu fim às cegas,
no que meu corpo se resumiu:
a um amontoado de ossos rígidos,
porém, fragilíssimos...
E, aquele meu olhar de chuva -
- transbordante -
Ora Oco e Vazio
nesse vendaval de agruras,
que só, somente só, convivo.
E, os meus anos bons
de pura fantasia...
perdi-os todos ao afogar-me
nesse mar de tristezas...
Agora inerte e torpe estou:
do acordar ao repousar
os meus tenebrosos dias...
Ah, e as noites invernosas, todas elas,
mergulhadas nesta afasia;
relegando-me apenas,
não mais perscrutar outras primaveras;
- Estação Primeira:
das minhas outras ERAS!
-