Afogo.
Essa inquietude que se faz presente
Que pressiona meu peito com uma angustia sufocante...
Sinto-me agoniada com essa sensação...
Um mal estar que me abraça, mas não acolhe...
Por maior que sejam as palavras ditas...
Elas se tornam ecos no vazio do meu peito
Que foi se formando a cada suspiro no teu silêncio
Que me maltrata a cada respiração
Mesmo dentre este vago espaço torturante
Meu coração está em constrição...
Agora, está tudo confuso, está tudo desalinhado,
“O que você sente? O que você teme? O que te prende?”
São dúvidas que vem e voltam,
Como um ciclo infinito de preocupação, incerteza...
“Afinal, está tudo bem?”
O que se passa em sua mente?
O quão egoísta você pode ser?
O quão, amavelmente cruel pode se tornar?
Se apenas o teu silêncio falasse, eu o escutaria atentamente...
Mas, afinal, o silêncio é por si só, sem “voz”.
Então, o que me resta é esperar...
Enquanto isso, ainda sinto os braços dolorosos e confusos da aflição envolver-me.