VALE DA MORTE

Numa noite de tormenta

Flagelo n’alma açoita

Penumbra tácita inquietante

Perambula só, tão só.

Cavalga ao recôndito maldito

Incitando um lamento

Desfalece a carcaça pelas vias

Não suportando o sofrimento.

Valha-me morte desejada

Por ti peregrina vivo a clamar

Na pele em rubro sangue

Vejo bruma se espalhar.

Cega-me os olhos

Escorre o pranto interno

Sinto o fogo, as brasas

Nos vales desse inferno.

Vale mais o abandono

Esperar a morte impetuosa

Fazer-me sobre ela vitoriosa

Do que dela ser apenas mais um epígono.

Jhenniffer Muniz
Enviado por Jhenniffer Muniz em 11/12/2013
Código do texto: T4608140
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