Sozinho

Como um fantasma que vagueia a esmo,

Assim é fato na vida real.

Entre negras nuvens e o céu da noite

Profundos sussurros de um infeliz mortal.

Se a neblina enebria o corpo,

Dando-lhe total e fria rigidez.

Nenhum alimento lhe sacia a alma,

Sao marcas tristes cruel palidez.

Perdido assim o corpo se encontra,

Do compasso foge alheio o coração.

Que não entende a razão do ser,

Nem muito menos o ser da razão.

No torto passo o fantasma exprime,

O desconsolo de viver no além,

Pois o destino lhe cobra a existência

Um ser sozinho é não ser ninguém!

Refaol
Enviado por Refaol em 06/12/2013
Reeditado em 04/01/2014
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