Sozinho
Como um fantasma que vagueia a esmo,
Assim é fato na vida real.
Entre negras nuvens e o céu da noite
Profundos sussurros de um infeliz mortal.
Se a neblina enebria o corpo,
Dando-lhe total e fria rigidez.
Nenhum alimento lhe sacia a alma,
Sao marcas tristes cruel palidez.
Perdido assim o corpo se encontra,
Do compasso foge alheio o coração.
Que não entende a razão do ser,
Nem muito menos o ser da razão.
No torto passo o fantasma exprime,
O desconsolo de viver no além,
Pois o destino lhe cobra a existência
Um ser sozinho é não ser ninguém!