Eco- Dueto (M.F.A. Parte 2)

Como se a vida houvesse sido concebida em solidão
A consciência uma acaso imprevisto
e eu fosse um fragmento perdido na criação...

Perdi-me na ânsia de viver a luz de outras estrelas
Onde pensei haver esperança só descobri dor...
Como desiludida criança caminhei no rastro do cometa
de peregrino passei há ser fragmento passageiro...

E neste ensejo há um sentimento desconstrutor
do sonho fagueiro que em deserto hostil sonhei...
E quando permiti que a vida fosse minha ambição a morte abrecei

Somente quem sabe que há de partir
sabe que “está” e que precisa mover-se, ir...Viajar
Somente vive quem descobre sua derradeira sorte...

E viver é tão somente arrumar uma bagagem
com tudo que não conhecemos e podemos levar
deixar tudo o que conhecemos...Os massivos elementos
Paixões e momentos... O que nos revelou o cair e o levantar...

Mas como ir tão rápido, leve e sem tormentos?

- Ah! Quem te brinda amiga covardia translucida de coragem?
honra no fio da espada samurai...
Há quem te suporte, alma infeliz, ferindo o criador com teu “ai”?
Feche os olhos, Alma impaciente, espere um pouco mais
Enquanto choras e conversas com o eco de tu’alma
o mundo faz a viagem e logo ver-se na paisagem o final de tua sina
contempla por hora o sangue da ira divina
que em beleza se mostra nos rabiscos imprevisíveis dos oceanos
respire, alma infeliz, viver não é para sempre sorrir e chorar
é uma gota de lagrima brilhante neste impetuoso e soturno mar!
Mais breve que um soluço, mais rápido que um instante...

Thoreserc 28/11/2013
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 05/12/2013
Código do texto: T4599609
Classificação de conteúdo: seguro