Plantada em solo árido.
Raízes ressequidas
Quase morta seiva
Insistindo em um viver sem vida
Perde-se em si mesma
Nessa vida erma
Deserto de ser
Não há sobrevida
Nem esperança
Só uma insistência sem razão
Nesse tórrido solo
Onde a morte deixa seu cheiro
Onde um pássaro agourento ronda
Nos ares depressivos de densas nuvens
Anunciando tempestade que talvez
Desarraigue de vez ou a refaça...
E de tempestade em tempestade,
Sobrevivendo às estiagens, vive a velha árvore...
Nesse deserto mórbido.