Escorre...
gota a gota
lentamente
na face oculta
do medo,
vertente...
aguada de segredos
gotejante... fértil,
pari outros sentidos.
E, a lágrima molhada
(des) molha
(des) folha
por si mesma.
E, num átimo de sentidos...
intrépida, jorra...
em outra bordas
em outros (des)caminhos.
Desce verticalmente salina
nas vias crucis do corpo,
que escarpada se deita,
em ribeirão e aguadeiro.
E, se mistura vaporosa...
em si mesma.
Mas, quando escorre...
brevemente,
passa o tempo, passa tudo e,
(des) cai
sozinha...
no absurdo,
no turbilhão da saudade...
rola rola húmida,
silenciosamente,
doce amarga salgada
rasgando o peito -
E, morrente... lacrimalmente,
se transforma - viandante...
ao sabor do sentimento!