Marinheiro
Queria desvencilhar-me desta dor
Que em meu peito habita.
Teus braços de terno amor
A calma sempre me incita.
Más cá eu, nesta terrível tempestade
Posso apenas de sonhos minha alma inundar.
Porém, que a mais pura e fiel verdade seja:
Que ao atracar deste navio, possa eu te encontrar.
Se assim ocorrer neste futuro contingente
Que se agitem as águas e sopre os ventos
Tornando o mar bravio e impaciente,
Como nunca avistou-se em todos os tempos.
Para que no final tenha eu a merecida bonança
De poder contemplar em teus olhos
Toda a imensidão e beleza de um amor verdadeiro
E enfim escrever no posfácio deste meu livro vida
Uma declaração a ti pois,
Somente nos teus olhos encontra a paz este velho marinheiro.